O que é
A Psicoterapia?
A psicoterapia é um tratamento colaborativo, em que o cliente e o psicólogo trabalham juntos para resolver as questões desejadas, busca uma melhor compreensão da problemática emocional trazida pelo cliente, no momento em que ele inicia a busca de significados do seu sofrimento, apresentado através de queixas e dificuldades. Essa busca de significados pauta-se em conteúdos conscientes e inconscientes que se manifestam de inúmeras formas, por meio de sintomas ou de gatilhos e até de “armadilhas” que, inconscientemente, fazemos para nós mesmos.
A psicoterapia é uma grande aliada para quem busca a melhora de aspectos emocionais. Além de oferecer auxilio em momentos de aflição, ela também permite um maior entendimento frente às questões da vida
O caminho a ser construído na psicoterapia permite uma reflexão sobre a forma de ser no mundo, visando a melhoria da qualidade de vida, das relações interpessoais, o crescimento emocional e redução do sofrimento psíquico, possibilitando o desenvolvimento de diferentes maneiras de lidar com a própria vida.
Para que Serve
A Psicoterapia?
A psicoterapia tem por desígnio ampliar o campo perceptivo do cliente, colaborando para que ele adquira uma visão de mundo mais abrangente. A mudança no campo perceptivo, isto é, na capacidade de perceber e compreender o que acontece ao seu redor, em seu cotidiano, nas suas relações, é necessária para que a pessoa possa ressignificar os fatos que estão lhe causando sofrimento, podendo assim, abrir-se para novas possibilidades.
A psicoterapia poderá contribuir para que a pessoa consiga encontrar maneiras de relacionar-se consigo e com o mundo de forma mais agradável, saudável e menos sofrida. Também, levará a pessoa a um maior conhecimento de si, tornando-a capaz de perceber as suas qualidades, seu potencial individual e suas formas de viver.
Visa, ainda, promover o crescimento pessoal e pode auxiliar na eliminação ou no controle de determinados sintomas. Através da condução adequada do tratamento é possível restabelecer a saúde emocional do cliente e promover seu bem estar.
Além dos objetivos da psicoterapia narrados acima, também fará parte do tratamento psicológico o trabalho psicoeducativo. Esta intervenção tem como propósito informar o cliente e, caso seja necessário, também a seus cuidadores a respeito de sua doença e opções de tratamento.
De modo geral, lidamos melhor com as situações que conhecemos, então, o objetivo da psicoeducação é oferecer ao cliente de forma didática a ao alcance de sua compreensão, informações sobre sua doença e sobre as opções de tratamento para que ele mesmo, com o apoio e orientação do psicólogo, construa “ferramentas” mais eficazes para lidar com a doença, para que se comprometa com os tratamentos, para que a duração e intensidade das crises diminuam, para que se evite grande número de internações hospitalares e para a prevenção da ocorrência de novos episódios.
Como Funciona
A Psicoterapia?
Não é necessário estar enfrentando alguma crise para realizar psicoterapia. Você pode realizar os atendimentos com foco em aumentar o seu bem estar. Também pode ter uma questão pontual a ser trabalhada num curto prazo, para lidar com problemas imediatos ou ao contrário pode ocorrer a longo prazo, com duração de meses e anos, trabalhando com conflitos pessoais mais profundos, complexos e duradouros. Seja como for, pense na psicoterapia como uma grande aliada, que está disponível para tornar sua vida melhor.
A psicoterapia pode ser conduzida de forma individual ou em grupo, envolvendo casais e famílias. A maioria das sessões duram, em média, de 30 a 50 minutos.
Para a psicoterapia funcionar, é necessário que o paciente confie no seu psicólogo e que ambos tenham um bom vínculo terapêutico. A confidencialidade é requisito ético da psicoterapia, portanto, não se preocupe em compartilhar suas experiências mais intimas com seu psicólogo. Se você tem questões específicas que podem fazer você não querer realizar a psicoterapia ou desistir de continuar, compartilhar, logo de início, essa situação com seu psicólogo é bastante útil e necessário.
Quanto a duração da psicoterapia irá depender de muitos fatores, por exemplo: o tipo de problema ou transtorno emocional, as características e o histórico do paciente, as metas e objetivos da proposta terapêutica, a velocidade em que a pessoa faz progresso na psicoterapia, quantidade de sessões, entre outras. Por outro lado, algumas pessoas sentem-se aliviadas após poucas sessões, mas, o fato é que a maioria das pessoas são beneficiadas após algumas sessões de psicoterapia. E mesmo que o seu conflito emocional não vá embora após algumas sessões, é possível que você se sinta confiante por ter feito algum progresso ao aprender novas formas de lidar com suas dificuldades emocionais.
Ter contato com um psicólogo pode lhe oferecer novas perspectivas de vida, ajudando você a ver as situações de maneira diferente, além de oferecer alívio para suas dores emocionais. É importante não desanimar, pois resultados duradouros vêm com o tempo. Não se sinta fraco por procurar ajuda, seu psicólogo estará pronto para lhe atender sempre que você julgar necessário.
áreas de Atuações
Para Crianças, Adolescentes, Adultos e Idosos.
Crianças
As crianças estão em desenvolvimento permanente, descobrindo o mundo e se descobrindo de forma contínua. Pode acontecer da criança encontrar-se com temas de seu mundo interior e/ou exterior muito complexos e difíceis de serem experenciados e compreendidos. Quando eles se mostram de forma muito intensa ou demorada, podem virar sintomas.
A Psicoterapia Infantil se dispõe a assessorar a criança a identificar, dar nome e expressar seus sentimentos e anseios de maneira mais ajustada com progresso em sua qualidade de vida.
A psicoterapia infantil é indicada em uma variedade de situações quando uma criança está enfrentando dificuldades emocionais, comportamentais ou psicológicas que afetam seu funcionamento e bem-estar. Veja algumas das principais situações em que a psicoterapia infantil pode ser recomendada:
- Problemas emocionais: As crianças podem enfrentar uma série de emoções intensas, como ansiedade, depressão, medo, raiva ou tristeza. A psicoterapia pode ajudá-las a compreender e gerenciar essas emoções de maneira saudável.
- Comportamento disruptivo: Se uma criança está exibindo comportamentos problemáticos, como agressão, desobediência persistente, mentiras constantes ou destruição de propriedade e/ou objetos, a terapia pode ajudar a entender as causas subjacentes e ensinar maneiras mais adequadas de lidar com essas emoções e comportamentos.
- Trauma: Crianças que vivenciaram eventos traumáticos, como abuso, adoecimento, acidentes graves ou perda de entes queridos, podem se beneficiar da psicoterapia para processar e superar essas experiências.
- Problemas escolares: Dificuldades de aprendizagem podem ser um sinal de problemas emocionais, como ansiedade de desempenho ou problemas de atenção. A terapia pode ajudar a abordar esses problemas e melhorar o desempenho escolar.
- Problemas de relacionamento: Se uma criança está tendo dificuldades para se relacionar com seus colegas, irmãos ou pais, a psicoterapia pode fornecer estratégias para melhorar as habilidades sociais e os relacionamentos interpessoais.
- Luto e perda: Quando uma criança enfrenta a perda de um ente querido, seja por morte ou separação, a terapia pode ajudá-la a lidar com o luto e a expressar seus sentimentos de maneira saudável.
- Distúrbios alimentares: Crianças que estão lutando com distúrbios alimentares, restrições alimentares, anorexia, bulimia ou compulsão alimentar, geralmente requerem tratamento especializado, que pode incluir psicoterapia.
- Problemas de sono: Dificuldades persistentes de sono podem estar relacionadas a problemas emocionais ou comportamentais e podem ser tratadas por meio da terapia.
- Questões de identidade e orientação sexual: Crianças que estão explorando questões de identidade de gênero ou orientação sexual podem se beneficiar da terapia de apoio para lidar por essas questões complexas.
- Desenvolvimento atípico: Crianças com desenvolvimento atípico, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), também podem se beneficiar de intervenções terapêuticas para ajudar a desenvolver habilidades sociais, emocionais e de comunicação.
Outras situações em que a Psicoterapia Infantil pode ser indicada:
birras,
tique,
rebeldia,
dificuldade de lidar com limites e frustração,
hiperatividade,
agitação,
atitudes desafiadoras,
timidez,
baixo limiar à frustração,
TOD (Transtorno Opositor-Desafiador)
queixas somáticas (asma, dermatites, doenças respiratórias, problemas gastrointestinais, etc.).
Outras modalidades de atendimento infantil é a psicoterapia em grupo, para crianças da mesma faixa etária, e a Psicoterapia Breve Infantil que é realizada juntamente com a Orientação de Pais, que deve estar presente em todas as modalidades de atendimento psicológico infantil.
A Orientação de Pais é parte fundamental do procedimento de Psicoterapia Infantil, objetivando a compreensão das dificuldades que acontecem na relação com a criança, focalizando a relação pais-filhos, bem como e a maneira como cada um participa e cumpre seu papel.
Adolescentes
A adolescência é um período de desenvolvimento em que as questões e hesitações são muitas e as certezas são poucas – o desenvolvimento nesse período está sujeito, tanto ao desenvolvimento infantil e à maneira como as dificuldades foram manobradas, quanto às dificuldades ambientais e familiares encontradas.
As tensões na adolescência são naturais, mas necessitamos distinguir o que é transitório (etapa) e o que é um estilo de ser no tempo, ou seja, uma maneira disfuncional que disfarça campos importante do desenvolvimento como relacionamento interpessoal, saúde, vida social, vida familiar, vida escolar. Precisa-se estar atento ao começo ou experimentação de drogas e álcool, que pode ser um pedido de ajuda para outras questões como depressão, baixa autoestima e angustia.
O assunto sobre o diagnóstico na adolescência é difícil, modificável, multifatorial. O adolescente está em desenvolvimento, e faz parte desse fluxo a afirmação da identidade, as oposições, as inclusões em grupos diversos, a transgressão. Por isso é tão complexo ter ciência de quando essa transgressão, desadaptação, confusão, esquisitices são de um quadro psicopatológico se instalando ou quando faz parte dessa fase de transição, que é a adolescência.
Veja alguns quadros que podem se instalar ou se agravar na adolescência e que necessitam de avaliação e tratamento:
Transtornos alimentares (bulimia nervosa, anorexia nervosa, obesidade, compulsão alimentar);
Risco suicida;
Depressão (consciência de si estruturada a partir de sentimentos de desvalia e de retração/impotência frente ao mundo adulto, desesperança…);
- Uso / dependência de substâncias;
- Transtorno de Humor;
- Esquizofrenia;
- Transtorno de Conduta;
- Bullying;
- Transtorno de Ansiedade;
- Doenças Psicossomática
- Dependência Tecnológica
- Timidez;
- Identidade e Orientação Sexual
A ajuda psicoterapêutica é importante quando os períodos de crise apresentarem-se muito intensos, prejudicando a vida produtiva e os relacionamentos do adolescente, para que possa buscar outras formas de enfrentamento e resolução de problemas, sem precisar desenvolver sintomas (saída disfuncional) e se envolver em situações com serias consequências.
Cabe notar que nessa fase do desenvolvimento os pais também se sentem perdidos e com dificuldade em discriminar o que é normal da idade ou o que é um problema que necessita de outras intervenções, por isso também são orientados no início do processo de psicoterapia do adolescente.
Adultos
A psicoterapia para adultos é um tipo de intervenção terapêutica que visa ajudar as pessoas a lidar com uma variedade de questões emocionais, comportamentais e psicológicas. É um processo colaborativo entre o paciente e o profissional psicólogo, que visa promover a compreensão, o autoconhecimento e a mudança positiva na vida do paciente.
Aqui estão alguns dos principais objetivos e características da psicoterapia para adultos:
- Promover o bem-estar emocional: A psicoterapia pode ajudar os adultos a lidar com uma ampla gama de questões emocionais, como ansiedade, depressão, estresse, raiva, tristeza, culpa e medo. A psicoterapia oferece um espaço seguro para explorar e compreender essas emoções, bem como criar estratégias e desenvolver habilidades para gerenciar essas emoções de maneira saudável.
- Resolver problemas e conflitos: Os adultos podem buscar terapia para resolver conflitos interpessoais, tomar decisões difíceis, enfrentar desafios no trabalho ou em relacionamentos, e encontrar soluções para problemas específicos.
- Desenvolver Autoconhecimento: A psicoterapia encoraja a exploração e compreensão das experiências pessoais, opiniões, valores e padrões de comportamentos, explorando seus pensamentos e sentimentos. Isso ajuda os pacientes a se conhecerem melhor, identificar áreas para o crescimento pessoal, gerando autoconhecimento e a melhor compreensão de si mesmos.
- Resolver problemas pessoais: Os adultos podem buscar terapia para lidar com questões pessoais e problemas de vida, como luto e perda, questões de identidade, traumas passados, relacionamentos disfuncionais ou problemas de autoestima.
- Melhorar relacionamentos: A terapia pode ajudar os adultos a melhorar suas habilidades de comunicação, resolver conflitos em relacionamentos pessoais e profissionais, a lidar com questões familiares e desenvolver relacionamentos mais saudáveis
- Desenvolver habilidades de enfrentamento: Os terapeutas e os pacientes podem, juntos, criar estratégias para lidar com o estresse, a ansiedade e outros desafios emocionais, capacitando os pacientes a enfrentar melhor as adversidades da vida.
- Promover a mudança de comportamento: A psicoterapia pode ser útil para mudar hábitos indesejados ou comportamentos disfuncionais.
- Enfrentar desafios profissionais: Muitos adultos buscam psicoterapia para enfrentar desafios relacionados ao trabalho, como estresse ocupacional, síndrome de Burnout, dificuldades de carreira, conflitos no ambiente de trabalho ou questões de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Com o decorrer do tempo uma configuração precária de lidar com as circunstâncias de vida pode concretizar-se em variados sintomas, que aparecem como sofrimento emocional, aflição psíquica, angústia, ansiedade, ao lado de uma opinião distorcida de si mesmo, gerando danos expressivos na vida da pessoa e de suas relações, assim, a psicoterapia apresenta-se com um papel fundamental no reequilíbrio emocional e psíquico.
Idosos
Existem diversos fatores físicos, psicológicos, cognitivos, sociais, evolutivos e ambientais que podem influenciar a escolha e a prática da psicoterapia com idosos. Não é incomum que os idosos tenha pelo menos uma doença médica crônica, um certo grau de limitação ou deficiência funcional, uma frequência crescente de eventos de perdas (por exemplo, limitações financeiras, reduções em capacidades sensoriais, menor mobilidade, aposentadoria, viuvez e mudança de residência). A complexidade dessas influências inter-relacionadas merece consideração terapêutica especial.
Os objetivos da psicoterapia de idosos devem ser enfatizados continuamente para reforçar o propósito e facilitar a direção do tratamento. Também pode ser necessário facilitar a terapia para pessoas com problemas sensoriais, particularmente limitações auditivas e visuais. Assim, devem-se oferecer adaptações como amplificadores auditivos e eliminar luzes muito fortes e inserir negrito e caixa alta nas letras.
Além disso, os terapeutas que trabalham com idosos devem estar atentos a respeito de doenças crônicas e seu impacto psicossocial, o manejo da dor crônica, fatores que influenciam a adesão ao tratamento médico, métodos de reabilitação e a avaliação de sinais comportamentais dos efeitos negativos da medicação. A avaliação sempre deve envolver o estado mental e cognitivo atual. Assim, um breve exame do funcionamento cognitivo pode mensurar a adequação para o tratamento, bem como identificar pacientes que necessitam de teste neuropsicológicos mais elaborados. Também é imperativo considerar o estado médico e o apoio social disponível para o idoso, pois podem afetar o quadro e o tratamento de patologias.
Às vezes, quando um idoso se torna temporariamente dependente da ajuda de um cuidador, pode ser crucial envolver esta pessoa em alguns aspectos do tratamento. Tratar o cuidador em sessões educativas breves, individuais ou em grupo, pode beneficiar diretamente o cuidador e indiretamente o paciente. Se o cuidador aprende a entender e a lidar de forma mais efetiva com as emoções, com as frustrações e raiva, ele terá menos perturbações e mais capacidade de cuidar efetivamente do paciente.
Como muitos idosos já passaram por mais perdas de familiares e amigos em comparação com indivíduos mais jovens, a experiência clínica mostra que o relacionamento terapêutico se torna uma fonte vital de apoio e também de informações.
Em caso de pacientes idosos, acamados ou com dificuldade de locomoção ou mesmo que não conseguem sair de casa por algum motivo, acontece com frequência que os atendimentos psicológicos sejam feitos à domicílio, o chamado Home Care. No entanto, não havendo impossibilidades de ir ao consultório, considera-se importante o deslocamento até o consultório, pois, pode tornar-se terapêutico criar o hábito de sair de casa para os atendimentos psicológicos.
vEJA
Avaliação Psicológica, Psicodiagnóstico Ou Neuropsicológia Clínica
Esta modalidade de atuação possibilita uma compreensão da estrutura da personalidade e funcionamento mental do indivíduo, considerando-se sua realidade biopsicossocial, buscando-se enfocar tanto as dificuldades como os recursos disponíveis internamente para superá-las, bem como as potencialidades, nem sempre conhecidas.
É estruturada de acordo com os objetivos propostos, podendo enfatizar a avaliação cognitiva, a avaliação da personalidade ou ambas. Sua duração e técnicas utilizadas dependerão desses objetivos.
Pode ser utilizada em todas as faixas etárias, da infância à terceira idade, com técnicas especificas e padronizadas para cada idade. No caso de crianças e adolescentes, no processo da avaliação neuropsicológica são incluídas entrevistas com os pais. No caso de pessoas adultas com sérios transtornos psicológicos também a presença de familiares pode ser requerida.
A Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico é um processo diagnóstico que pode ser realizado por meio de entrevistas clínicas, observações, aplicação de escalas e testes psicológicos, técnicas projetivas, entrevista devolutiva, sendo que ao possibilitar uma leitura em profundidade da estrutura e do funcionamento psíquico, auxilia no direcionamento do tratamento mais indicado para cada caso, seja psicoterápico, medicamentoso, psicopedagógico, entre outros. Pode auxiliar também no processo de escolha ou orientação profissional.
Em geral, o processo tem como objetivo avaliar questões cognitivas, emocionais e psicológicas.
Orientações
Pais e Familiares
“Filho é um ser que nos emprestam para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo” (Definição de filho por José Saramago”
A Orientação de Pais objetiva a compreensão das dificuldades que ocorrem na relação pais-filho, salientando-se a forma como cada qual participa e desempenha seu papel nessa situação, que por vezes pode tornar-se conflituosa e geradora de dor psíquica.
Não se trata de receitas, regras, normas de como lidar com os filhos, mas sim em uma busca e aclaramento dos aspectos conflitivos, uma possibilidade de se pensar conjuntamente e quiçá encontrar um outro olhar e forma de lidar com as situações de forma menos dolorosa.
A Orientação de Pais pode ocorrer por um período continuo de tempo ou por meio de sessões esporádicas, dependendo da necessidade e disponibilidade dos envolvidos.
Orientações
Profissionais e de Carreiras
A escolha profissional ou mudança de carreira podem ser momentos marcados por indecisão e muitas dúvidas. O processo da orientação profissional e de carreira pode ser vivido com mais leveza com ajuda profissional. Neste processo, é realizado um trabalho de autoconhecimento e descoberta de aptidões e habilidades a serem desenvolvidas, que permitem que o processo de escolha seja feito com autenticidade e mais segurança.
Os grandes tópicos a serem trabalhados nesse processo são: dúvidas em relação a qual curso superior deve escolher, questionamentos para escolher um curso técnico, incertezas referentes às ocupações que estão relacionadas com cada profissão, imprecisão em reconhecer suas competências, habilidades e valores pessoais, hesitação quanto ao curso já escolhido, entre outros.
Qualquer pessoa, em qualquer etapa da vida, pode buscar uma orientação profissional caso sinta dúvidas em relação a sua carreira profissional. Mas, frequentemente, a orientação é associada aos jovens que estão prestes a se formar no ensino médio e desejam fazer uma faculdade ou conseguir um primeiro emprego.
No entanto, pessoas em transição de carreira também podem contar com o auxílio da orientação profissional e de carreira, por exemplo, trabalhadores que estão se preparando para a aposentadoria que podem usar esse recurso para planejar suas vidas após a saída do mercado de trabalho. Ou ainda pessoas que querem mudar de ramo de atuação profissional.
Seja como for, com a orientação profissional e de carreira, conhecemos um pouco mais das nossas competências e, assim, podemos fazer escolhas profissionais, planejar carreiras, almejar novos cargos, mudar de atividade.
Orientações
Consciliações e Mediação de Conflitos
Por vezes os conflitos são vividos de uma forma tão intensa que as partes só procuram manter suas posições, defendê-las, sem a possibilidade de estabelecer um verdadeiro diálogo, podendo ouvir-se e ouvir o outro, sem ficar preparando o próximo argumento.
A Mediação de Conflitos é uma técnica para conduzir disputas, por meio do diálogo entre as partes conflitantes, na busca de uma solução que para ambas seja viável, realística, satisfatória e, se possível, criativa. A Mediação de Conflitos é um método não-adversarial de resolução de conflitos, no qual uma terceira pessoa, não envolvida no mesmo e com treinamento para tal, procura de forma imparcial auxiliar as partes a discriminar e refletir sobre seus reais interesses, necessidades, desejos e propostas de solução, por meio do diálogo cooperativo, buscando preservar os vínculos afetivos existentes.
A duração de um processo de Mediação de Conflitos é variável, podendo durar de 1 a 10 sessões, dependendo do local no qual é realizada, da profundidade da situação a ser trabalhada, da disponibilidade das partes e do mediador ou conciliador.
A Mediação de Conflitos tem sido aplicada em vários contextos, entre elas nas disputas conjugais e familiares, com resultados favoráveis, e pode ser realizada por diversos profissionais, em especial, psicólogos, e profissionais formados em direito e serviço social.
Possíveis Indicações para
A Psicoterapia
A psicoterapia é indicada nos mais diversos casos clínicos. A título, somente, de exemplo, podemos citar:
- Ansiedade
- Fobias
- Transtorno do Pânico
- TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
- Estresse
- Estresse pós-traumático
- Ansiedade de separação
- Depressão
- Transtorno de humor
- Transtorno bipolar
- Transtornos somatoformes (hipocondria, somatizações, fibromialgias)
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
- Transtornos do sono
- Transtornos alimentares (bulimia nervosa, anorexia nervosa, obesidade, vigorexia)
- Transtornos de personalidade (borderline, histriônica, paranóide, esquizóide, esquiva, dependente)
- Transtorno do controle dos impulsos (cleptomania, jogo patológico, tricotilomania, transtorno explosivo)
- Dificuldades sexuais (aversão sexual, impotência, ejaculação precoce, frigidez, dificuldade orgástica etc.)
- Dificuldades nos relacionamentos de um modo geral (conflitos, ciúmes, insegurança, timidez)
- Adição a drogas e a álcool
- Entre Outros …
Em alguns casos indica-se a psicoterapia associada ao acompanhamento psiquiátrico ou a um trabalho em equipe multiprofissional.